Os gêmeos David e Daniel tiveram no primeiro ano de vida uma prova de fogo: deslocamentos de aproximadamente 376km da cidade de Brejo do Cruz, no Sertão paraibano, até João Pessoa; e medicamentos diários e submissão a exames constantes. Muitos desses exames tinham como objetivo monitorar uma cardiopatia congênita, descoberta nas primeiras horas de vida. Para cada 1 mil bebês nascidos na Paraíba, segundo a Rede Estadual de Cardiologia Pediátrica vinculada ao governo do Estado, 14,2 têm algum tipo de cardiopatia.

De janeiro de 2012 até novembro de 2014, o programa possibilitou que 70.094 bebês fossem examinados, segundo a coordenador da rede, Cláudio Régis. Na Paraíba, o ‘Círculo do Coração’ é realizado pelo governo do Estado em parceria com a Organização Não-Governamental (Ong) Círculo do Coração, do Recife, em Pernambuco.

A constatação de cardiopatias em bebês no estado é possível por conta do programa ‘Círculo do Coração’, originado pela lei estadual de nº 9581 do deputado Caio Roberto (PR), que obriga o poder público a realizar o exame de oximetria em recém-nascidos a fim de diagnosticar precocemente as doenças.

A lei, aprovada em 2011, surgia como resposta à chamada “relação macabra” do Ministério Público Federal no mesmo ano por conta do óbito de mais de 17 crianças cardiopatas no estado. Na época, o órgão cobrou dos poderes municiais, estadual, federal e o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) a implantação de serviços voltados aos bebês cardiopatas.

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